Ano de eleição municipal e a situação se repete em várias cidades do Brasil: de olho nas urnas, políticos lançam ou apressam obras que, em muitos casos, estavam paradas ou cujos cronogramas previam outras datas de inauguração, para não mencionar a necessidade ou a prioridade de algumas dessas obras. São ruas com trechos interditados, praças fechadas, recapeamentos de vias, calçadas onde a passagem de pedestres se torna quase impossível e outras variedades. Alguns municípios viram verdadeiros "canteiros de obras" nesta época.
A prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública, avalia o professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Teixeira.
“É muito comum os governantes do Brasil fazerem isso. Deixarem seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de fazer o seu próprio sucessor”, diz.
Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), com base em dados de 1995 a 2011, revela que o investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal, sempre aumenta em ano de eleição. Em contrapartida, quando não há disputa por cargos, há contenção de despesas.
Fonte: Portal UOL